O Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa disse quinta-feira 27/10 que a sua
visita de Estado a Cuba "correu muitíssimo bem" e contou que teve um
programa paralelo, que incluiu um passeio num "táxi clássico" dos anos
50 na marginal de Havana.
Antes de se despedir de Cuba e viajar para a
Colômbia, para a 25.ª Cimeira Ibero-Americana, diante dos estudantes da
Universidade de Havana, Marcelo de Sousa disse, que foi "uma
felicidade estar em Cuba e estar com Fidel", porque "era uma imagem que
tinha" desde adolescente.
"Depois, estar com o Presidente e com os
governantes, que é ver a transição do passado para o presente, pensando
necessariamente no futuro. E depois estar convosco, que são mais futuro
do que passado. Eu não estive com uma Cuba, estive com várias Cubas
durante a visita", acrescentou.
Uma aluna questionou sobre as
relações entre os Estados Unidos e Cuba, o chefe de Estado assim respondeu:
"Se eu fosse comentador político, mas não Presidente de Portugal, este
seria um momento fascinante para comentar a situação política
internacional, imaginam".
"Como vai ser a política
norte-americana, como vai ser o relacionamento norte-americano no mundo,
como vai ser o futuro das posições da União Europeia? Mas como
Presidente eu não posso fazer de comentador. Só posso desejar que no
futuro as relações entre povos e estados de quem nós somos amigos sejam
também amigas".
Completando esta resposta, Marcelo Rebelo de Sousa
defendeu que Portugal e Cuba têm neste momento "um momento único" para restabelecer relações econômicas: "Tem de ser agora, não só na presença
portuguesa em Cuba, mas também na presença cubana em Portugal. Porque há
um clima favorável, há um diálogo reforçado, há uma empatia".
Em declarações aos jornalistas, o Presidente português qualificou como
"muito positiva" sua visita: "Correu muitíssimo bem. E houve uma
disponibilidade das autoridades cubanas no sentido de tudo fazer para
que corresse muito bem, isso é muito positivo".
O Presidente gostou dos desvios em seu protocolo, de vez em quando, mas "têm de ser feitos
de uma forma cuidadosa, para não melindrar os anfitriões, nem
propriamente criar problemas ao programa existente", disse ele.
Na
quarta-feira, conheceu o famoso bar Floridita e disse também ter
feito "uma segunda incursão cultural numa livraria, muito frutuosa",
tudo à margem do programa oficial, sem jornalistas.
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