Mesmo com o forte boicote econômico que enfrenta, e contrariando a retrógrada ultra-direita da América Latina que insiste em afirmar que ações sociais são consideradas gasto e não investimento, o governo da
República Bolivariana da Venezuela aprovou para 2017 uma aplicação de 73,6%
do PIB nacional, estimado em 8,4 bilhões de bolívares (847.9
milhões de dólares), em projetos sociais, fazendo avançar o socialismo no século XXI. Anualmente sendo premiado pela ONU pelas suas conquistas
sociais e garantia dos direitos humanos, iniciadas por Hugo Chávez e
seguidas atualmente pelo presidente Nicolás Maduro.
"Estamos falando de 50% do total dos recursos dirigido ao setor de saúde, educação e direitos sociais, tudo o que corresponde à pensão, programas sociais. E 24% adicional ao desenvolvimento de infraestrutura, equipamento urbano e obras públicas", afirmou Ricardo Menéndez vice-presidente de Planificação e Conhecimento da Venezuela, no último dia 15, que ressaltou ainda que o orçamento venezuelano não depende mais da renda petroleira, já que 83% dos recursos nacionais do próximo ano virão da arrecadação de impostos, e apenas 3,2% da exportação do petróleo, considerando o preço médio do barril venezuelano de 30 dólares. "Através da ruptura do modelo rentista petroleiro, construindo outro modelo, de maior justiça. Diante do modelo neoliberal, edificamos um modelo de construção, e essa construção fazemos com nosso povo".
A prioridade de Miraflores às Missões e Grandes Missões Bolivarianas, que incluem combate à pobreza, construção de moradias populares e programas de educação, saúde, cultura, direitos humanos, ciência e meio ambiente, é internacionalmente reconhecida. Em pouco mais de quatro anos, o governo já entregou mais de 1 milhão de moradias (quase mesmo número da oposição, em mais de 40 anos no poder) onde as comunidades desfrutam de centros de recreação e de serviços de saúde gratuitos, que incluem remédios grátis, além das consultas médicas.
A pobreza extrema foi quase erradicada pela Revolução Bolivariana, que já eliminou o analfabetismo (fato declarado pela Unesco em 2005) e a fome (reconhecido pela FAO), além de ter universalizado a educação e a saúde, fatos que faziam da Venezuela, antes da Revolução Bolivariana um dos países mais desiguais da América Latina, agora sendo uma nação menos desigual e possuindo o melhor Índice de Desenvolvimento Humano da região hoje, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
A educação venezuelana é gratuita e acessível a todos, do ensino básico ao universitário. Com o maior número de universidades públicas da região, a Venezuela é o segundo país latino-americano e quinto no mundo com a maior proporção de estudantes universitários, aumentados em mais de 800% no governo bolivariano, com cerca de 75% da educação superior pública. Os estudantes têm computadores portáteis e tablets de uso gratuito, e 60% dos professores venezuelanos pertencem à rede pública, com salário elevado na última década.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o índice de desemprego na Venezuela baixou para 8,1% e 7,3% respectivamente, menores patamares em 20 anos. O salário mínimo têm subido acima da inflação: reajustado 34 vezes durante a Revolução Bolivariana, apenas o presidente Maduro, desde que foi eleito em abril de 2013, o elevou 13 vezes. Na última vez, em agosto deste ano, aumentou em 50%.
Tudo isso fruto de investimentos sociais, cujos valores já subiram 11 vezes durante a Revolução Bolivariana, que rompeu com as imposições liberais do FMI e reverteu os ganhos petrolíferos em favor da sociedade venezuelana, tratando hoje de buscar alternativas especialmente diante da guerra econômica que gera desabastecimento relativo de produtos básicos, inflação e pequenos focos de violência programada. Em comparação com o Brasil que investe 23,5% do PIB em políticas sociais, o Chile 15%, Colômbia 14%, México 19,5%, e Peru 9%.
Isso é tudo que as elites não toleram. Para elas, políticas sociais, são consideradas "gastos", enquanto sua ganância só pensa em "negócios", apoiados pela mídia predominante promotora de crises artificiais e de golpes, em defesa de seus interesses oligárquicos. Tais fatos podem muito bem explicar o porquê da generalizada inversão de papeis, quando o assunto é "Revolução Bolivariana".
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