O presidente do Brasil Michel Temer discursou neste domingo (16/10) em eventos
do Brics, (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
realizado neste fim de semana na cidade de Goa, antiga possessão portuguesa na Índia. Temer buscou sempre enfatizar que a economia brasileira está se recuperando
e que o país adotou medidas de responsabilidade fiscal para conter o
rombo nas contas públicas, afirmou ainda para os chefes de estado dos demais países do
grupo, que o Brasil começa a "entrar nos trilhos".
Os discursos do presidente ocorreram em reuniões que fazem parte do encontro de cúpula dos Brics. No primeiro
evento do dia, uma reunião privada com os chefes de estado da China,
Rússia, Índia e África do Sul, o presidente ressaltou as medidas de seu
governo para retomar o crescimento e a melhora em alguns indicadores
econômicos do Brasil.
"Já começamos a colher os frutos. O Brasil começa a entrar nos trilhos.
As previsões para a economia brasileira em 2017 já melhoraram. O Fundo
Monetário Internacional estima o fim da recessão e a volta do
crescimento do PIB brasileiro no próximo ano. A inflação tem cedido e,
em setembro passado, tivemos o menor índice para o mês desde 1998. Já é
possível verificar positiva reversão de expectativas, com decidida
elevação nos níveis de confiança dos agentes econômicos", afirmou
Temer.
Mais tarde, em eventos com os mesmos chefes de estado e com
empresários que formam o Conselho Empresarial dos Brics, Temer voltou a
defender a ideia de recuperação da economia brasileira e convidou os
executivos a investirem no país.
"Com as primeiras medidas adotadas, posso assegurar, que já podemos
constatar sinais da volta de confiança. A inflação, que sabemos todos,
dá sinais de desaceleração. Os índices de confiança da indústria e do
consumidor registram altas.Convido, portanto, as empresas dos países do
BRICS a investirem no Brasil", disse o presidente.
Nos dois eventos do dia, Temer citou o programa de parcerias com a
iniciativa privada lançado pelo governo, que beneficia obras na área de
infraestrutura, como portos e rodovias.
"Estamos empenhados em melhorar o ambiente de negócios. Vamos
desburocratizar processos, reduzir custos de operação e zelar pela
previsibilidade e pela segurança jurídica. Lançamos já, o Programa de
Parcerias de Investimentos fundado em regras estáveis. São 34 projetos
iniciais nas áreas de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia,
óleo e gás. As agências reguladoras voltarão a ter papel efetivo de
supervisão", afirmou o presidente para os chefes de estado e
empresários.
Temer enfatizou ainda em seus discursos a intenção do governo de sanear
o rombos nas contas públicas por meio de medidas de ajuste fiscal, como
a PEC do teto dos gastos e a reforma da Previdência. A expressão
"responsabilidade fiscal" foi repetida algumas vezes pelo presidente.
"Responsabilidade fiscal é, para nós, um dever maior e tarefa urgente. É
dever maior porque, sem ela, põem-se em risco os avanços sociais do
Brasil. É tarefa urgente porque o desarranjo das contas públicas é a
causa-mor da crise que enfrentamos", afirmou Temer.
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