sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

ANTÔNIO COSTA DEFENDE NOVO AUMENTO DOS IMPOSTOS EUROPEUS

O primeiro-ministro Antônio Costa, defendeu esta sexta-feira, 23/2/18, na cidade de Bruxelas a criação de novos impostos europeus para que aumentem as receitas da União Europeia, acrescentando que este aumento não incidirá sobre os portugueses. Esta declaração aconteceu ao final de uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Europeia, acrescentando ainda que o debate sobre o assunto não é uma intervenção do governo português, mas sim um debate a nível de Europa, que considera importante para que Portugal não venha a perder fundos comunitários.    
Uma coisa fica clara, se Portugal não quiser perder os fundos comunitários na política agrícola, na política de coesão, se não quiser perder os fundos comunitários disponibilizados para 2020, é necessário não só recuperar a perda de receitas resultante da saída do Reino Unido da Comunidade, como também para fazer face aos novos aos novos desafios e ambições. Este aumento de recursos pode ser feito também através das contribuições financeiras dos Estados-membros, acrescentou Antônio Costa.
Segundo ele, os “Os impostos falados não são propriamente impostos que irão incidir sobre os portugueses, mas sim sobre as multinacionais norte-americanas que exploram o espaço digital da União Europeia.

















quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Os cinco obstáculos do PT para conseguir um sucessor para Lula em 2018

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva líder absoluto das pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais neste ano de 2018 e condenado em segunda instância pelo problema com seu tríplex, e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, pode ter sua candidatura inviabilizada. Embora ainda  caibam recursos em instâncias superiores, sua candidatura torna-se cada vez mais difícil.

A estratégia pública do PT é apostar todas as fichas em Lula. O deputado Paulo Teixeira disse que o partido vai “manter sua candidatura e recorrer até à última instância para que ele seja absolvido. Evidentemente que se ganharmos os recursos, ele será o nosso candidato. Só pensaremos em outra hipótese depois da análise final do poder judiciário. É certo que Fernando Haddad quanto Jaques Wagner são grandes nomes, de vencedores, mas hoje nossa atenção se volta para Lula.

Completados os prazos e esgotados os recursos, o partido pretende lançar um novo nome que surfe na onda da popularidade do ex-presidente e herde os seus  37% de intenções de voto.

Força de coligação

A coligação de partidos é um fator fundamental para o desempenho de um candidato. Em 2014, a coligação que elegeu Dilma Rousseff à Presidência era composta por nove partidos: PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB. Com o impeachment e o rompimento do PT com alguns partidos, as coisas mudaram.
O deputado Paulo Teixeira revelou que o partido tem mantido conversas com PCdoB, PDT, PSB e PSOL. No entanto, todos esses partidos possuem ou sondam candidaturas próprias.
 
Segundo a opinião de  de Ricardo Musse, professor da USP, A dificuldade do PT em fazer coligação existe “basicamente pelo fato de não ter um candidato definido. Então, os partidos estão esperando essa confirmação. Acho difícil ter essa parceria com o PDT porque a candidatura de Ciro está bastante alavancada. 

Força nos estados

Um dos grandes contribuidores para uma eleição à presidência é força do partido nos estados. Atualmente, o PT tem governadores em cinco deles: Acre, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Piauí. O PMDB lidera a lista, com sete, e o PSDB está em segundo lugar, com seis. Se PMDB e PSDB se juntarem para essas eleições, fica mais difícil para que o PT trabalhe seus votos nos estados liderados por esses partidos.

Prisão ou liberdade?

Lula será a principal carta do candidato do PT para se consolidar no primeiro turno. Justamente por isso, a condição do ex-presidente será fundamental. Se Lula estiver apenas condenado, mas em liberdade, terá condições de participar da campanha, subir em palanques durante os comícios e aparecer no programa eleitoral na televisão. 

Os substitutos 

Os nomes mais cotados dentro do PT para substituir Lula na campanha são os de Jaques Wagner e Fernando Haddad. Wagner foi governador da Bahia, entre 2007 e 2014; ministro-chefe da Casa Civil, entre 2015 e 2016; além de ter chefiado outros três  ministérios nos governos Lula e Dilma e ter tido três mandatos como deputado federal. Já Fernando Haddad foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, e ministro da Educação de 2005 a 2012.

Lula é maior que o PT

Mesmo condenado em segunda instância e réu em seis processos pela Lava Jato, Lula é o nome mais forte do cenário eleitoral. É também o nome mais forte do seu partido. afirmou o deputado Paulo Teixeira “o eleitor quer votar no Lula”. Mesmo sem saber, o deputado revelou um diagnóstico: seu líder é maior que seu partido, e o partido é ainda muito dependente de Lula, afirmou o deputado. Se Lula for condenado o melhor será fazer uma prévia eleitoral após a condenação, concluiu. Aí o mais provável é que o candidato seja indicado pelo próprio Lula. Não há indicação que seja feita nem pelas bases do partido, nem pelos diretórios.”
 
A campanha

Apesar de as pesquisas indicarem um cenário em volta de nomes como Lula, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Luciano Huck, tudo ainda está indefinido. Primeiro, porque muitas candidaturas ainda não foram definidas e as coligações não foram estabelecidas. Jair Bolsonaro não tem partido, Marina Silva não declarou sua pré-candidatura, Geraldo Alckmin enfrenta resistência dentro de seu partido, e Luciano Huck, até então, desistiu da corrida presidencial e o PMDB, maior partido do país, ainda não decidiu se lançará candidatura própria ou se comporá uma coligação.
Neste quadro de indecisão o nome de Ciro Gomes aparece com grandes chances de vitória à difícil presidência do Brasil, tanto pelo seu passado limpo na vida pública como pela sua filosofia nacionalista.