Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, pediu no sábado (19/11)
aos latino-americanos que não pensem "no pior" de Donald Trump, ao antecipar que não espera que o novo governo
adote grandes mudanças na política em relação à região, mas sim que possam
surgir tensões em assuntos comerciais.
Trump prometeu durante sua campanha pôr fim ao Tratado de
Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), integrado por EUA, México e
Canadá, e também qualificou de "desastre" o Acordo de Associação
Transpacífico (TPP), do qual fazem parte dois países latino-americanos,
Chile e Peru.
Obama afirmou em um fórum aberto a perguntas com cerca de mil jovens na
Pontifícia Universidade Católica, em Lima, que
é importante que na América Latina e no resto do mundo seja dada "uma
oportunidade" ao presidente eleito dos EUA, que está formando sua atual equipe de governo.
"Acho que será importante para todos no mundo todo não fazer juízos de
valor imediatos, mas dar a este novo presidente eleito a oportunidade de
montar sua equipe, examinar os temas e determinar quais serão suas
políticas", aconselhou Obama, que está em Lima para participar da cúpula
de líderes da Apec.
Por outro lado, Trump também ameaçou voltar atrás à aproximação entre
EUA e Cuba se não houver avanços sobre os direitos humanos e liberdades
no país.
No fórum, Obama também refletiu sobre a democracia e afirmou que é
muito "mais" que a realização de eleições, já que se trata também de
outras muitas coisas como "uma imprensa livre", liberdade religiosa e a
proteção das minorias.
Perante uma pergunta sobre a situação na Venezuela, Obama não respondeu
diretamente, mas sim enfatizou que os governos que são "repressivos" e
"silenciam os críticos" em última instância "fracassam", e suas
economias também.
Mencionou também países como Chile, Peru e
Colômbia, como exemplo dos quais disse que estão "crescendo mais rápido e melhor"
graças à força de suas democracias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário