As eleições presidenciais dos EUA possuem outros candidatos para aqueles que se recusam a votar na democrata Hillary Clinton ou no republicano Donald Trump.
Alguns não sabem, mas os eleitores têm este ano centenas de candidatos para
escolher, na Comissão Eleitoral Federal há mais de 1.800 candidatos
registrados, embora muitos deles são pessoas que aparentemente não
fizeram campanha.
Além dos candidatos mais conhecidos, Trump e Hillary, apenas outros dois aparecem nas pesquisas de
intenção de voto, que são, Gary Johnson do Partido Libertário, e Jill Stein, do Partido
Verde.
Em alguns estados, entretanto outros candidatos também serão uma opção na cédula para alguns eleitores. São eles, Darrell Castle, do
Partido Constitucional, Rocky De La Fuente, do Partido Reformista,
Gloria Estela La Riva, do Partido pelo Socialismo e Liberação, e o independente Evan McMullin.
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Cédulas
Nas eleições de terça-feira 08/11/2016, apenas três candidatos terão
seus nomes nas cédulas de todos os 50 estados: Hillary Clinton, Donald
Trump e Gary Johnson. Jill Stein constará nos papéis em 44 estados e
concorrerá em mais três como candidata inscrita.
Uma pesquisa ABC/Washington Post divulgada em 1º de novembro apontava
Trump com 46%, contra 45% de Hillary, Johnson com 3% e 2% com Stein.
A pontuação de Johnson é atribuída principalmente a republicanos e
democratas que não aceitam as escolhas de seus partidos e se recusam a
votar em seus oponentes diretos. Stein, em menor proporção, também é
favorecida pelo desencanto desses grupos.
Saiba quem são Gary Johnson e Jill Stein:
Gary Johnson
Quando governador, recebeu o apelido de “Governor Veto” pelo fato de ter vetado mais
de 750 leis no período de seus dois mandatos. Johnson também ficou conhecido
por ser “o governador mais conservador em termos fiscais” e se orgulha
de ter cortado impostos 14 vezes e deixado o cargo com o Novo México entre os únicos quatro estados do país com finanças equilibradas.
Algumas das suas principais propostas
estão a legalização da maconha e o que ele diz ser “o melhor plano de
criação de empregos entre todos os candidatos”. Johnson é contra a pena
de morte e a militarização da polícia e indica alternativas com as quais não
concordam com os republicanos ou os democratas em assuntos como imigração,
política externa e defesa, impostos e controle de gastos.
O candidato libertário também pode ser surpreendente, seja por seu
comportamento inesperado em algumas situações ou por gafes. Em uma
entrevista, por exemplo, ele começou a morder a própria língua em meio a uma resposta, assustando a repórter. Além disso, também admitiu que sequer sabia o que era Aleppo, a cidade mais atingida pela guerra civil na Síria, e não conseguia nomear um único líder mundial que admire, mesmo com a ajuda de seu candidato a vice, Bill Weld.
Em sua vida pessoal, Gary Johnson se define como um atleta e
aventureiro, tendo escalado os picos mais altos dos sete continentes,
incluindo o Monte Everest. Ele é casado, tem dois filhos adultos e mora
em uma casa que construiu com suas próprias mãos na cidade de Taos, no
Novo México.
Jill Stein
Jill Ellen Stein, de 66 anos, é médica, foi professora de Medicina em
Harvard e também concorreu à presidência em 2012. Com quase 470 mil
votos (0,36% do total), ela é a mulher mais votada para o cargo até
hoje. Seu único cargo público foi como vereadora em
Lexington, mas ela também já concorreu a deputada e duas vezes ao
governo do estado de Massachusetts.
Ela se tornou ativista no final dos anos 90, quando intensificou sua
preocupação na relação entre a saúde das pessoas e o ambiente no qual
elas vivem. Desde então passou a participar de protestos e testemunhou
perante diversas comissões governamentais que analisavam riscos de
contaminação e impacto ambiental de projetos.
O ponto central de sua campanha
é cancelar as dívidas de estudantes universitários, concedendo anistia a
milhares deles em todo o país. Ela também promete expandir medidas de
proteção ao meio ambiente, direitos LGBT e reduzir desigualdades
salariais entre homens e mulheres.
Stein, porém, também tem algumas opiniões polêmicas. Ela defende, por
exemplo, uma nova investigação sobre o 11 de Setembro, dizendo que é
preciso “descobrir a verdade” por trás dos atentados terroristas, e é
criticada por cientistas por declarações já feitas sobre vacinas e
wi-fi.
Primeiro a candidata disse em seu perfil no Twitter que “não há
evidência” que exista uma relação entre vacinas e autismo, mas depois de
um tempo mudou o discurso para “não estou ciente de evidências ligando
autismo a vacinas”. Atualmente, no entanto, ela diz que defende a
vacinação de todas as crianças. Quanto ao wi-fi, em um evento com mães e
professoras, ela afirmou que é preciso afastar as crianças das telas o
máximo possível e, ao ser perguntada sobre redes sem fio, disse que “não deveríamos sujeitar os cérebros das crianças a elas”.
Jill Stein é casada, tem dois filhos adultos e se considera agnóstica.
Ela se aposentou como médica em 2005 e deixou de dar aulas em 2006,
dedicando-se exclusivamente ao ativismo e à política desde então. Mora
em Lexington, Massachusetts.
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