sábado, 20 de agosto de 2016

Nadadores americanos alegam em depoimento que não houve assalto

      O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que os nadadores americanos Gunnar Bentz, 20 anos, e Jack Conger, 21 anos, que prestaram depoimento na quinta-feira, 18/08 por mais de 3h na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, na zona sul do Rio, admitiram que não houve assalto ao seu grupo de atletas na madrugada do último domingo 14/08. O campeão olímpico Ryan Lochte foi o inventor da versão de que eles foram vítima de roubo.

      Bentz e Conger foram impedidos pela Polícia Federal de deixar o Brasil na noite de quarta 17/08. Os policiais retiraram os dois nadadores do voo para os Estados Unidos. Inicialmente, eles se recusaram a depor. A polícia ainda aguarda o depoimento do nadador Jimmy Feigen, 26 anos.

      Ryan Lochte, 32 anos, campeão olímpico Rio 2016 no revezamento 4 x 200 m livre, afirmou no domingo ter sido abordado quando retornava para a Vila Olímpica após deixar uma festa na casa da França, na zona sul do Rio. Ele deixou o Brasil na segunda 15/08 e retornou para os Estados Unidos, antes de dar seu depoimento sobre sua falsa versão do assalto.

      A versão é contestada pela polícia do Rio, que acredita que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila Olímpica, na manhã de domingo 14/08, e que não houve um assalto. Segundo testemunhas os nadadores se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Eles teriam urinado nas paredes e depredado o banheiro do local.

      O chefe de polícia acrescentou  que os nadadores podem responder por falsa comunicação de crime e dano ao patrimônio privado, se for comprovado que eles depredaram o sanitário do posto.

      A falsa comunicação de um crime implica em detenção de um a seis meses, ou multa. "Ainda é prematuro atribuir os crimes a eles. A investigação ainda não foi concluída", disse Veloso.

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário