sábado, 13 de agosto de 2016

Entenda os próximos passos do processo de impeachment de Dilma Rousseff


PROCESSO DO Impeachment DE DILMA 

O Julgamento deverá começar no dia 25 de agosto. Entretanto, ainda não se sabe quando terminarão os trabalhos.

   A última etapa do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff deve começar em 25 de agosto. Nesta sexta-feira (12), ela deverá ser avisada sobre o andamento do mesmo  e a partir de segunda feira, 15/8/16 a mesma deverá saber que terá um prazo de dez dias para o início do julgamento.

    A maioria do Senado parece concordar que o procedimento deve começar a contar imediatamente após o fim desse prazo. Ainda nesta sexta, a defesa de Dilma deve entregar suas alegações finais.

   Mediante essas datas, é provável que o impeachment seja encerrado ainda em agosto. Senadores ligados ao presidente interino Michel Temer trabalham para que o julgamento não dure mais do que três ou quatro dias. Mas ainda não há definição sobre o fim do julgamento. Nesta quarta-feira dia 10, os advogados de acusação já conseguiram apressar o rito do processo ao entregando suas alegações finais 36 horas antes do final do prazo.

   Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou a comandar os trabalhos, ainda não definiu um acordo com os senadores sobre o prazo final para o julgamento, ficando de se reunir na próxima semana com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e líderes partidários para definir um calendário definitivo.

   Lewandowski é contrário a deixar o julgamento se estender para o fim de semana dos dias 27 e 28. Por vontade sua, o julgamento pode se estender apenas por uma semana.  Os técnicos do STF já afirmaram que no mínimo são necessários sete dias para a realização do julgamento.

Procedimentos

    Para convencer o presidente do STF a agilizar o julgamento, os advogados da acusação já informaram que não pretendem convocar todas as testemunhas a que têm direito. Segundo eles, apenas duas ou três testemunhas devem ser ouvidas. Já a defesa de Dilma informou que pretende convocar todas as seis testemunhas a que tem direito.

   Ela só não definiu as testemunhas a serem ouvidas. O plano do advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, é convocar tanto testemunhas que atestem a inocência de Dilma em relação à acusação quanto para denunciar as bases jurídicas de todo o processo. Dilma, entretanto, não está obrigada a comparecer ao julgamento.

   Durante o julgamento, os senadores vão ouvir mais uma vez a parte de acusação, que aponta que Dilma  como responsável por editar decretos de créditos suplementares sem autorização do Congresso, além de fazer operações de empréstimos disfarçadas para esconder o rombo no Tesouro - as denominadas " pedaladas fiscais".
    
   Durante esta fase, Lewandowski comandará os trabalhos como juiz, cabendo aos 81 senadores da Casa atuar como "júri". Caberá a eles então definir o futuro da ré Dilma Rousseff. Durante as sessões, a defesa e a acusação vão novamente apresentar seus argumentos. Ao final, o júri de senadores vai novamente participar de uma votação nominal na qual cada um terá direito de usar o microfone para proferir seu voto, tal como ocorreu em maio. 

PREOCUPAÇÃO

    O grupo de Temer já canta vitória, mas também tem dado sinais de preocupação por causa da Operação Lava Jato, que continua a afetar negativamente membros de seu governo, como o ministro José Serra (PSDB). Por isso o governo Temer deseja que o processo contra Dilma seja encerrado o mais rapidamente possível para impedir que a denúncia do empreiteiro Marcelo Odebrecht fragilize ainda mais o seu governo interino.

  

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