quarta-feira, 10 de agosto de 2016

DILMA RECORRE À ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA) CONTRA O PROCESSO DE IMPEACHMENT

    A presidente afastada Dilma Rousseff recorreu nesta quarta-feira à Organização dos Estados Americanos (OEA) em uma tentativa de suspender o processo de impeachment que avança no Senado.

   Os deputados Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, ambos do PT, explicam que a demanda foi preparada por juristas brasileiros e argentinos e exige uma medida cautelar desse órgão da OEA no sentido de suspender  o processo de impeachment.

   Na madrugada desta quarta feira, o plenário do Senado aprovou por 59 votos contra 21 o parecer que acusa Dilma de irregularidades fiscais, sendo que agora o processo se encaminha para sua conclusão.

   Agora teremos uma nova e última votação no senado, que decidirá se Dilma será ou não destituída. Para isso, será necessária uma maioria qualificada de dois terços da Casa, o que parece irá acontecer.

   A data para essa última sessão será marcada nos próximos dias pelo Supremo Tribunal Federal, que deverá convocá-la para o fim deste mesmo mês.

   Antevendo o eminente afastamento de Dilma, os deputados do PT afirmaram que vão tentar em todas as esferas, sejam elas parlamentares, judiciais, na rua ou no exterior, denunciar esse golpe, a fim de que o País possa voltar à sua normalidade democrática e que o voto da população seja respeitado".

   A defesa de Dilma, assim como a demanda apresentada na OEA, negam as acusações contra a governante de irregularidades orçamentárias, de contratar créditos para o governo com os bancos públicos e de emitir decretos que alteraram as despesas sem autorização do Congresso, o que é proibido pela legislação brasileira.

   A defesa alega que em nenhum desses casos houve "participação direta" de Dilma, ou dolo, os quais seriam requisitos fundamentais para sustentar a acusação contra ela.

   Desde junho, a CIDH tem como secretário-executivo o brasileiro Paulo Abrão, que ocupou o cargo de secretário nacional de Justiça durante a gestão de Dilma Rousseff.

   Em maio, antes antes de Abrão assumir esse cargo, a CIDH se pronunciou sobre a situação do Brasil expressando "preocupação" por algumas medidas adotadas pelo presidente interino Michel Temer.

   Apesar de não se ter referido diretamente ao processo, o comunicado da CIDH citou o Artigo 21 da Declaração Universal de Direitos Humanos, em uma aparente discordância ao possível impeachment.

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