O clima do terceiro dia do julgamento
do impeachment está mais calmo que nas duas sessões anteriores, com menos atritos entre os senadores e debates mais técnicos do que
políticos. O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa falou durante mais ou menos sete horas.
O ministro repetiu o argumento de que Dilma não cometeu nenhum crime de
responsabilidade fiscal e que a condenação do TCU (Tribunal de Contas da União)
teve efeito retroativo. Dos 33 senadores inscritos para o
interrogatório, 32, até ao momento, já fizeram perguntas. A última inscrita é a líder do
Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).
Depois dela, será a vez dos advogados da defesa, o ex-advogado-geral da
União, José Eduardo Cardoso, e da acusação, a jurista Janaína Paschoal,
questionarem o ministro. Cada um tem seis minutos para fazer
perguntas. Depois de Barbosa, os senadores vão ouvir o depoimento do
informante Ricardo Lodi.
Atrito
A única e breve discussão aconteceu entre o senador Ricardo Ferraço
(PSDB-ES) e a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), mas foi
brevemente resolvido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski. A senadora pediu a palavra "pela ordem" durante a
fala do senador tucano e os ânimos se exaltaram.
Bem humorado, Lewandowski, pediu mais calma aos senadores durante a
sessão de impeachment e ironizou, dizendo, que na parte da manhã os
parlamentares sempre estão mais animados.
— A prática tem mostrado, que na parte da manhã os senhores têm um pouco
mais de energia, mas que vai caindo com o passar do dia. Então vamos ter mais paciência...
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