Parlamento português condena morte de Marielle e faz minuto de silêncio
A Assembleia da República em Lisboa exprime a mais veemente condenação pela violência e pelos crimes políticos e de ódio que aumentam dia a dia no Brasil"
O
parlamento português condenou a morte da vereadora e ativista dos
direitos humanos Marielle Franco, do Rio de Janeiro, Brasil,
"brutalmente assassinada a tiro na passada quarta-feira".
O
voto de pesar e condenação foi apresentado em Plenário logo a seguir ao crime, na quarta-feira, pela
líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, durante o debate quinzenal
com o primeiro-ministro Antônio Costa e foi subscrito pelo presidente do parlamento,
Ferro Rodrigues e líderes dos partidos BE, PS, PCP, PSD, PEV e PAN.
O CDS informou, mais tarde, que também subscreveu o documento e juntou-se aos restantes partidos na votação.
O
texto aprovado por unanimidade pelos deputados enfatiza que Marielle
Franco era relatora da comissão de acompanhamento da Intervenção Federal
no Rio de Janeiro e, "nos últimos dias, havia denunciado o assassinato
de jovens negros pela Polícia Militar do estado".
Marielle era socióloga,
feminista, militante dos direitos humanos e criticava a recente ocupação
de vastas áreas urbanas pelos militares a pedido do governo federal no
Rio de Janeiro. Marielle Franco estava empenhada na luta pelos direitos
humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e dos
moradores de favelas e periferias da cidade do Rio de Janeiro e na denúncia da violência policial.
No texto, a
Assembleia da República exprime "a mais veemente condenação pela
violência e pelos crimes políticos e de ódio que aumentam de dia para
dia no Brasil".
O carro em que
a vereadora viajava foi alvejado com tiros na quarta-feira à noite,
quando saía de um evento no bairro da Lapa, na zona central da capital
carioca.
O crime está sendo investigado pelas autoridades policiais locais.
O presidente da ONU, o português Antônio Guterres, já pediu que as investigações
"sejam feitas o mais rápido possível" e de forma "completa, transparente
e independente", para que os resultados "possam ser vistos com
credibilidade".
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