O poeta, escritor e teatrólogo maranhense Ferreira Gullar morreu na
manhã de domingo (04/12/16) no Rio, aos 86 anos. Gullar é um dos maiores
autores brasileiros do século 20 e foi eleito "imortal" da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2014, tornando-se o sétimo ocupante da cadeira nº 37.
De acordo com a ABL, Gullar foi vítima de uma pneumonia. Ele estava
internado há 20 dias no hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio. O corpo do escritor foi transportado no mesmo dia à Biblioteca
Nacional, no Centro do Rio. Às 9h de segunda (05/12/16), ele foi velado no prédio da Academia Brasileira de Letras. Na tarde de segunda o corpo foi
levado para o enterro no mausoléu da ABL, no Cemitério São João
Batista, no bairro de Botafogo.
Ferreira Gullar deixa dois filhos, Luciana e Paulo, oito netos, e a
companheira Cláudia, com quem vivia atualmente. Seu último livro foi
"Autobiografia poética e outros textos", lançado este ano.
"Cantiga para não morrer
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento."
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento."
Autor: Ferreira Gullar
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