O
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva líder absoluto das pesquisas de
intenção de voto para as eleições presidenciais neste ano de 2018 e condenado em segunda instância pelo problema com seu tríplex, e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, pode ter sua
candidatura inviabilizada. Embora ainda caibam recursos em instâncias
superiores, sua candidatura torna-se cada vez mais difícil.
A
estratégia pública do PT é apostar todas as fichas em Lula. O deputado Paulo Teixeira disse que o partido vai
“manter sua candidatura e recorrer até à última instância para que ele
seja absolvido. Evidentemente que se ganharmos os recursos, ele será o
nosso candidato. Só pensaremos em outra hipótese depois da análise final
do poder judiciário. É certo que Fernando Haddad quanto Jaques Wagner são
grandes nomes, de vencedores, mas hoje nossa atenção se volta para Lula.
Completados os prazos e esgotados os recursos, o partido pretende lançar um novo
nome que surfe na onda da popularidade do ex-presidente e herde os seus 37% de intenções de voto.
Força de coligação
A
coligação de partidos é um fator fundamental para o desempenho de um
candidato. Em 2014, a coligação que elegeu Dilma Rousseff à Presidência
era composta por nove partidos: PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e
PRB. Com o impeachment e o rompimento do PT com alguns partidos, as
coisas mudaram.
O deputado Paulo Teixeira revelou que o partido tem mantido conversas com PCdoB, PDT, PSB e PSOL. No entanto, todos esses partidos possuem ou sondam candidaturas próprias.
O deputado Paulo Teixeira revelou que o partido tem mantido conversas com PCdoB, PDT, PSB e PSOL. No entanto, todos esses partidos possuem ou sondam candidaturas próprias.
Segundo a opinião de de Ricardo Musse, professor da USP, A dificuldade do PT em fazer coligação existe “basicamente pelo fato de
não ter um candidato definido. Então, os partidos estão esperando essa
confirmação. Acho difícil ter essa parceria com o PDT porque a
candidatura de Ciro está bastante alavancada.
Força nos estados
Um
dos grandes contribuidores para uma eleição à presidência é força do
partido nos estados. Atualmente, o PT tem governadores em cinco deles:
Acre, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Piauí. O PMDB lidera a lista, com
sete, e o PSDB está em segundo lugar, com seis. Se PMDB e PSDB se
juntarem para essas eleições, fica mais difícil para que o PT trabalhe
seus votos nos estados liderados por esses partidos.
Prisão ou liberdade?
Lula
será a principal carta do candidato do PT para se consolidar no
primeiro turno. Justamente por isso, a condição do ex-presidente será
fundamental. Se Lula estiver apenas condenado, mas em liberdade, terá
condições de participar da campanha, subir em palanques durante os
comícios e aparecer no programa eleitoral na televisão.
Os substitutos
Os
nomes mais cotados dentro do PT para substituir Lula na campanha são os
de Jaques Wagner e Fernando Haddad. Wagner foi governador da Bahia,
entre 2007 e 2014; ministro-chefe da Casa Civil, entre 2015 e 2016; além
de ter chefiado outros três ministérios
nos governos Lula e Dilma e ter tido três mandatos como deputado
federal. Já Fernando Haddad foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016,
e ministro da Educação de 2005 a 2012.
Lula é maior que o PT
Mesmo
condenado em segunda instância e réu em seis processos pela Lava Jato,
Lula é o nome mais forte do cenário eleitoral. É também o nome mais
forte do seu partido. afirmou o deputado Paulo Teixeira “o eleitor quer votar no Lula”. Mesmo sem saber, o deputado
revelou um diagnóstico: seu líder é maior que seu partido, e o partido é ainda muito dependente de Lula, afirmou o deputado. Se Lula for condenado o melhor será fazer uma prévia eleitoral após a condenação, concluiu. Aí o
mais provável é que o candidato seja indicado pelo próprio Lula. Não há
indicação que seja feita nem pelas bases do partido, nem pelos
diretórios.”
A campanha
Apesar
de as pesquisas indicarem um cenário em volta de nomes como Lula, Jair
Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Luciano Huck,
tudo ainda está indefinido. Primeiro, porque muitas candidaturas ainda não
foram definidas e as coligações não foram estabelecidas. Jair Bolsonaro
não tem partido, Marina Silva não declarou sua pré-candidatura, Geraldo
Alckmin enfrenta resistência dentro de seu partido, e Luciano Huck, até
então, desistiu da corrida presidencial e o PMDB, maior partido do país, ainda não decidiu se lançará candidatura
própria ou se comporá uma coligação.
Neste quadro de indecisão o nome de Ciro Gomes aparece com grandes chances de vitória à difícil presidência do Brasil, tanto pelo seu passado limpo na vida pública como pela sua filosofia nacionalista.
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