A greve dos caminhoneiros chegou hoje ao seu 8º dia. O último
boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 14h desta
segunda-feira, mencionava a existência 556 pontos de bloqueio em todo
país, e 727 pontos já liberados. Os números são parecidos com os
registrados ao longo do fim de semana, mas a PRF diz que os novos protestos já não impedem totalmente a circulação nas estradas, porém, as cidades
brasileiras ainda continuam convivendo com a redução da frotas de ônibus,
desabastecimento de combustíveis nos postos e cancelamento de voos nos
aeroportos.
O governo federal não recebeu nenhum representante dos
caminhoneiros para novas negociações nesta segunda feira feira.
Pela manhã, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun
(Secretaria de Governo) e Sérgio Etchegoyen (GSI) comandaram uma reunião
do núcleo de emergência criado pelo governo para tratar do da greve. Na
saída, Padilha disse ter informações de que há "infiltrados" entre os
grevistas, impedindo que os protestos sejam desmobilizados. "Vamos fazer
de tudo para combater os infiltrados para que os caminhoneiros
possam voltar a trabalhar pensando no suprimento da família brasileira".
Na noite de domingo(27/5), o governo federal se comprometeu a zerar a
cobrança de impostos federais sobre o óleo diesel, o que reduziria em R$
0,46 o preço do litro do combustível vendido às distribuidoras. Segundo
o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o corte de impostos terá um
impacto de R$ 9,5 bilhões nos cofres do governo até o fim deste ano.
No fim da tarde de ontem, o chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas
(EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, apresentou um balanço das ações
realizadas para tentar minimizar os efeitos da greve dos caminhoneiros.
Os militares estão priorizando o transporte de combustíveis para
veículos policiais e aeroportos, além de insumos para hospitais. Também
têm como prioridade manter o abastecimento de combustíveis em usinas
termoelétricas.
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