“O PCP é o partido de vanguarda dos trabalhadores
portugueses, da classe operária e de todo o povo português. É um partido
marxista-leninista e internacionalista. Está à frente dos
trabalhadores, na luta pelos seus direitos e pela emancipação nacional e
social”, disse José Reinaldo, na abertura do evento.
O dirigente enfatizou ainda que o quadro político de Portugal desde
2015 tem passado por mudanças a partir dos resultados das últimas
eleições legislativas e da formação de um governo encabeçado pelo
Partido Socialista (PS). “É uma situação instigante, nova, bastante
diferenciada do quadro europeu e que tem repercutido em nosso país e desperta interesse e o acompanhamento do nosso partido”,
esclareceu José Reinaldo.
Solidariedade do PCP ao povo brasileiro
“O PCdoB (Partido Comunista do Brasil) é muito grato ao partido comunista português e acho que estou
expressando também os sentimentos do povo brasileiro pela irrestrita,
indeclinável e incondicional solidariedade que prestou ao nosso povo, ao
nosso partido, ao Partido dos Trabalhadores, à presidenta Dilma ao
presidente Lula, em todo o processo que durou mais de 3 anos de
preparação e execução do golpe de estado que acabou destituindo a
presidenta Dilma.
José
Reinaldo destacou ainda os diversos atos organizados pelo PCP, em
Portugal e mesmo fora de país, como no Parlamento Europeu em
solidariedade ao país e ao povo brasileiro. “É uma expressão dos laços de amizade,
de cooperação entre os nossos dois partidos, baseadas no
internacionalismo do proletário que faz parte indissociável da política e
ideologia dos nossos partidos”.
João Frazão iniciou a sua fala retratando a grave crise política
brasileira e a solidariedade do partido comunista português ao povo brasileiro. Segundo Frazão, o PCP e o PCdoB estão ligados por uma relação de
fraternidade e do mais profundo relacionamento tanto no plano bilateral como
multilateral. “Na luta por uma nova sociedade, cada qual honrando o seu
país, a luta e a experiência deixadas por gerações e gerações”, acrescentou.
Retratando ainda o último período de retrocessos no plano político e social no
Brasil, Frazão citou as exigentes tarefas que estão colocadas para os
comunistas brasileiros e o importante papel que o PCdoB ainda tem para
desempenhar.
“Perante a brutal ofensiva da burguesia reacionária, com apoio e
estímulo do imperialismo norte-americano. Ante o golpe de Estado contra a
legítima presidenta Dilma Rousseff – que esteve a poucas semanas na
sede do nosso partido, diante do indigno processo que levou à prisão
do ex-presidente Lula, é que deixo aqui a mais viva solidariedade. A
perseguição a destacados ativistas dos direitos humanos, o regresso da
agenda do neoliberalismo e ao ataque aos direitos como a educação, a
saúde, com a tentativa de destruir os direitos laborais”.
Diante de tudo isso, afirmou o dirigente português, o “PCdoB tem um
importante papel a desempenhar na mobilização dos trabalhadores e do
povo para a luta, quer contra as medidas antissociais do governo do
usurpador Temer quer pelo retorno da dignidade democrática, jurídica e
constitucional”, disse o dirigente, relembrando do processo que retirou
Dilma Rousseff da presidência e de prisão do ex-presidente Lula com
intuito de afastar-se do seu direito de se candidatar à Presidência do
Brasil.
Frazão enfatizou ainda a “convicção e os compromissos” dos comunistas e
democratas do Brasil “que nunca recuaram ou desistiram ao longo da sua
história perante nenhum obstáculo”. “Sendo uma necessidade, é uma
obrigação”, frisou.
O dirigente comunista ressaltou ainda que prenderam Lula, pelas
políticas adotadas como de ter “tirado 20 milhões de brasileiros do
quadro da fome”.
Contra o imperialismo
Para Frazão, o Brasil ao longo dos últimos anos foi um pião a mais no jogo contra o imperialismo norte-americano na sua ofensiva pelo domínio mundial. Segundo ele, a ação desestabilizadora que ocorreu no Brasil segue “a mesma lógica, mesma origem e a mesma natureza” que fazem e continuam a fazer contra países como a Venezuela, Honduras, Bolívia e Cuba. E que desenvolvem em todo o mundo, em particular no oriente médio – disse. Recordando dos ataques recentes na Faixa de Gaza – “com medidas criminosas que tiraram a vida de mais de uma dezena de palestinos”, afirmou o dirigente português.
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